Desmantelada rede de falsificação de documentos

"Foi desmantelada hoje uma rede criminosa de falsificação de documentos, numa operação secreta envolvendo diversas autoridades nacionais e internacionais. O Escândalo tornou-se ainda maior dado que o cabecilha desta organização criminosa é nem mais nem menos que o embaixador em São Tomé e Principe, Sérgio Paciencia.

A Operação, em parceria com as autoridades de São Tomé, já estava em curso há algum tempo, contudo, só agora foi possível recolher todas as provas que vão sustentar a acusação, dada a complexidade da teia montada pelo diplomata, já que para além deste ainda estão envolvidos mais alguns elementos, também já identificados.

A rede operava a partir de São Tomé e Príncipe, tendo no entanto vários contactos em Portugal, na região centro, mais própriamente na localidade de Fonte Quente, de onde é natural um dos envolvidos, um individuo alcunhado de Zuca Truca, que segundo fonte policial será mesmo o nº 2 da organização criminosa. O nome dos restantes elementos não foi ainda divulgado, por questões de segurança.

O Método de funcionamento era até bastante simples: o embaixador produzia as falsificações em São tomé, as quais enviava por email ao seu comparsa em Portugal, sendo que este último imprimia os documentos e promovia, a par de Sérgio Paciencia, a sua comercialização, quer na zona centro, quer noutras zonas do país.

A prova final surgiu devido a um "deslize" infantil dos elementos aquando da impressão dos documentos falsos. Zuca Truca ter-se-á esquecido de retirar os autocolantes dos tinteiros, provocando assim um erro na impressão de algumas cores nos documentos. Ao saber do ocorrido, num acesso de raiva, Sérgio Paciencia terá feito uma viagem relâmpago à localidade de Fonte Quente, obrigando o seu comparsa Zuca a rectificar os documentos com caneta de feltro, dando-lhe de seguida uma valente malha de porrada.

Uma fonte policial afirmou mesmo que «Neste tipo de investigações esperamos sempre atitudes e procedimentos altamente inteligentes e montamos as operações com base nesse pressuposto, contudo neste caso, para além da enorme teia de envolvidos, os envolvidos demonstraram um elevado amadorismo, quer nos procedimentos, quer no nível das falsificações, levando assim a uma dificuldade acrescida »

Segundo apurou a redação do nosso jornal, a rede trabalhava sobretudo na falsificação de documentos, ao nível do ano de nascimento, para que os seus titulares pudessem fazer-se passar por pessoas nascidas no ano de 1975 e assim poderem inscrever-se no jantar anual dos nascidos neste ano, a realizar no próximo dia 21 de Novembro. Dada a importância e prestígio do referido evento, os documentos falsos atingiram no mercado negro valores exorbitantes, bem acima dos 1200€.

A Organização do Jantar de 75 , em entrevista ao nosso jornal, já se demarcou totalmente dos acusados, também nascidos em 1975, e referiu que «a entrada será feita com normalidade dada a inexperiencia e pouca qualidade das falsificações», afirmaram os organizadores.

Aguardamos a todo o momento desenvolvimentos neste caso".

IN Jornal de 75